Wednesday, February 28, 2007

Metus gravis

Medo...terror, pavor. Quando suportamos, quando sentimos medo, verdadeiro medo, há uma corrupção no nosso sistema e ao escapar dessa intensidade resta uma outra variante de nós. Uma variante convalescente que pode melhorar... ou não. Creio que o que não me mata não me torna mais forte....

Tuesday, February 27, 2007

The Host

The Host - A movie by BONG Joon-Ho

Monday, February 26, 2007

Gunter Sachs


" I never wanted to kill, I am not naturally evil, such things I do just to make myself more attracted to you!
Have I failed? I am the last of the famous international playboys"
Morrisey

lembrei-me deles...

Ali MacGraw, Steve McQueen - The Getaway,1972 - Sam Peckinpah

Esquecer

Esquecemo-nos com uma facilidade muito densa.
Esquecer faz-nos deambular pelo espectro inconstante dos cinzentos com a mesma fúria e energia de uma pinball.

Esquecer é uma dualidade de virtude/defeito. Mas pior do que esquecer, só mesmo quando recordamos com as mesmas tonalidades e intensidades.

I want you to be Prime Minister forever!!!!!!!!

swimming pool


Picture this:
Any given sunday.....5 da tarde.....uma piscina vazia, envidraçada. Pelos vidros enormes das janelas, nuvens macias e brandas envolvidas em diversos focos de céu azul. A água a ser salpicada pelo Sol...contas de vidro líquidas. E a banda sonora é The Smiths.

( o meu fim de tarde foi assim na piscina do Restelo.....)

Wednesday, February 21, 2007

Rodriguez+Tarantino=GRINDHOUSE

Upgrade Onírico

...de vez em quando sonho que ando aos beijos.....
mas desta vez sonhei que andava aos beijos com o George Clooney.

Wednesday, February 14, 2007

I must above all things love myself.....

No pussy blues

Não consigo por este vídeo a correr, por isso, para quem tiver vontades aqui está o link directo para esta maravilha do Grinderman ( Nick Cave). AQUI AQUI!!

I got the no pussy blues.


My face is finished, my body's gone.
And I can't help but think standin' up here in all this applause and gazin' down at all the young and the beautiful.
With their questioning eyes.
That I must above all things love myself.

I saw a girl in the crowd,
I ran over I shouted out,
I asked if I could take her out,
But she said that she didn't want to.

I changed the sheets on my bed,
I combed the hairs across my head,
I sucked in my gut and still she said
That she just didn't want to.

I read her Eliot, read her Yeats,
I tried my best to stay up late,
I fixed the hinges on her gate,
But still she just never wanted to.

I bought her a dozen snow-white doves,
I did her dishes in rubber gloves,
I called her Honeybee, I called her Love,
But she just still didn't want to. She just never wants to.

I sent her every type of flower,
I played her guitar by the hour,
I patted her revolting little chihuahua,
But still she just didn't want to.

I wrote a song with a hundred lines,
I picked a bunch of dandelions,
I walked her through the trembling pines,
But she just even then didn't want to. She just never wants to.

I thought I'd try another tack,
I drank a litre of cognac,
I threw her down upon her back,
But she just laughed and said that she just didn't want to.

I thought I'd have another go,
I called her mah little O,
I felt like Marcel Marceau
must feel when she said that she just never wanted to. She just didn't want to.

I got the no pussy blues.

No Pussy Blues - Grinderman



Lembrei-me dela hoje

P de pena.....


O designer escoçês Mark Porter, director criativo do The Guardian (que ganhou o prémio mundial de melhor design editorial, pela Society for News Design) é o responsável pela mudança gráfica do Público. Confesso que não gosto. Com o precioso currículo que Mark Porter carrega, presumi que esta mudança ia ser superior à ainda não antiga linha gráfica. Gosto mais do que ele fez pelo Guardian e seus suplementos do que aquilo que ele fez pelo Público. Acima de tudo, e vindo de alguém que é considerado um génio do design editorial, abomino aquele logotipo. Aquele P vermelho, grosseiro, com a palavra Público lá dentro. Parece um daqueles exercicios básicos da escolinha...óbvio e fácil.
(Lembro-me do DNA, que morreu.....que foi morrendo. O DNA foi uma baliza no nosso panorama editorial, a nível de contéudos e grafismo.)
Está a custar habituar -me a este novo Público....e aquele P ...aquele P..... P de temos pena.....

Mon Amour!!!!

Entrei na noite de S. Valentim com esta sms do meu beloved Gainsbourg:

"Dear Barbarella, como dizia a Catherine Deneuve em Belle de Jour: -"Aquilo que sinto por ti não é amor físico, está muito além disso, não exijo que me acredites, mas nunca me senti tão perto de ti como agora"-o mesmo digo-te a ti hoje.
Para mim serás a minha namorada n este dia de S. Valentim ( I hope you don´t mind).
Despeço-me pel escrita de Morrisey, outro que como nós, bem conhece as amarguras do Amor:

"Last night I dreamt
The somebody loved me
No hope, no harm
Just another false alarm.
Last night I felt
Real arms around me
No hope, no harm
Just another false alarm.
So tell me how long
Befoire the last one?
And tell me how long
Before the right one?
The story is old - I know,
But it goes on.
Oh goes on. And on.
Oh goes on.
And on.
The Smiths

Happy S. Valentim my beloved Barbarella!"


Tuesday, February 13, 2007

boa mesmo é a colombiana!


gosto desta....ando a vê-la muito na Playboy TV L.A. Tem peito de silicone.....e às vezes um ar a mandar para a classe, posturas e sofisticação da Ana Malhoa. Mas gosto da miúda....não sei se é dos glúteos, ou da vozinha rouca e do olhinho meloso....
hmmmmm....qué si!!!
Viviana Castrillon Miss Playboy TV Colombia

Playlist ( mais uma lá lá lá)

Aqui vai mais uma improvável mistura de temas que me embalam e acompanham quando apanho o 15 , vou aos saldos da H&M, vou correr, vou nadar, penso na vida, na falta de sexo que persiste na minha existência, quando me imagino a ser uma rock pop dance star etc e o caralho e coiso e tal....

Moondog - Bird´s Lament
Designer Imposter - Good News
Kate Nash - Caroline is a victim
Shy Child - Drop the phone
The Gossip - Listen up
Moloko - If you have a cross to bear you better wear it as a crouch
Jackson and his computer band - Rock On
Tom Jones - What´s new Pussycat
The Shangri-Las - Remember ( walking in the sand)
The Long Blondes - Giddy Stratospheres
Juliette and the Licks - Got love to kill
The Klaxons - Magick
Yeah Yeah Yeahs - Pin
The Horrors - Gloves
Beirut - Postcards from Italy
Love is all - Busy doing nothing
Camera Obscura - Lloyd, I´m ready to be heartbroken
Jae Mason - Let it out
Cymande - Anthracite
James Brown - Sexy Sexy Sexy
Johnny Cash - God´s gonna cut you down
The Mountain Goats - Woke up new
The Noisettes - Sister Rossetta
Queen Adreena - FM doll
Hadouken - That boy that girl
Underworld - Mmmm ( skyscrapper I love you)
Mew - The Zookeeper´s boy
Kano - It´s a War ( re-edit)
Herbert - Back Back Back
Wishmountain - Salad Tosser

Monday, February 12, 2007

Começar

"...So does this mean that the beginning is something to do with being able to see?..."
The Accidental - Ali Smith

Sentiste?

É a pergunta do dia.
Sim. Senti o tremor de terra.
Tirando isso não tenho sentido nada ultimamente.

Filmes Desastre


Os disaster film tiveram um zénite nos anos 70. Mega produções com elencos all star, grandes e inovadores efeitos especiais, mega cenografias (mega maquetes, que ali era tudo feito à unha!!!!), e uma mega catástrofe.
Dentro da linearidade do guião da grande desgraça, pequenas tragédias pessoais e conflitos internos das personagens a acontecerem em simultâneo. Desastres de todo o género. Aviões, pontes a cair, cortes de electricidade que espalhavam o caos, ameaças nucleares, vulcões...valia tudo....tudo junto com traições, crises existenciais, dores de corno, famílias disfuncionais....um ai jesus.
Eram the ultimate adventures movie. Um misto de soap opera de acção. Lembro-me do The Poseidon Adventure, do Earthquake, do Airport e das sequelas Airport 1975 e Airport 77,com o Boeing submerso no Triângulo das Bermudas e daquele volumoso totem que foi a Torre do Inferno, que visto à sombra de 2001 teve um certo caracter apostólico. O género morreu...não durou. Tal como uma hecatombe foi curto e grosso. Além disso era muito caro aguentar budjets de filmes assim, stars included e os desastres tinham que ser melhores e maiores o que chegava a ser ridiculo.
Nos anos 90 tivemos alguns disaster movies e um ou outro desatre neste século 21. Mas nada se compara a este surto de desgraças vintage da década de 70.

treme treme

Earthquake - 1974

Por terra

Depois do resultado de ontem e tendo em conta o abanão que senti faz uma meia-hora, parafrasendo um amigo meu: " o tremor de terra deve ter sido a sede do PP que ruiu!"

11 de Fevereiro de 2007 - YES!!!!!

O sim ganhou.
Percebi que não é um tema fracturante.
O sim cresceu em comparação com 1998. O sim veio ao de cima. Fiquei aliviada. Fiquei feliz. Fiquei orgulhosa. Imaginava, pensei...e se fosse eu a querer/ter que fazer um aborto???
Além da agressividade da decisão, da tomada de uma decisão que é irremediavelmente irreversivel, eu teria o dedo denunciante desta sociedade muito pouco laica. Teria dificuldades financeiras e passaria por muito até ter a certeza que o iria fazer em sigilo e com segurança e sem complicações futuras para a minha saúde. Mas acima de tudo pensei no horror do estigma sob o qual vivíamos.

Os argumentos do não eram maioritariamente mendigos. Deixavam-me nervosa. Deprimiam-me pois assim eu percebia muito da nossa mentalidade social. Temos uma pesada herança latina e católica. A nível do conservadorismo
que constitui muito desta sociedade e do seu desenvolvimento ele é expressivo nas ilhas. Como disse uma amiga minha da Madeira....."ganhou o sim mas não graças a nós....sabes...havia tanta gente que nem sabia ao que ia...."

O sim, na minha opinião, fez um campanha sóbria e limpa, sem exageros, sem demagogias ou pedagogias excessivas. O que estava em causa era a despenalização da mulher e ponto. Ponto. . . .
Este referendo não é uma questão partidária mas sim uma questão social.
E socialmente...literalmente foi um vencedor.

Pena são os níveis de abstenção. E pena os argumentos de que esta poderia por em causa judicialmente o instituto do referendo.


Thursday, February 08, 2007

pendura-me e seca-me....toda....

Cold War Kids - Hang Me Up To Dry

Tuesday, February 06, 2007

a meta física



The Trans Mongolian Railway:
St. Petersburg - Moscow - Ekaterinburg - Novosibirsk - Irkutsk - Ulaan Baatar - Beijing

Metaphysics

"I was thrown out of college for cheating on the metaphysics exam; I looked into the soul of the boy sitting next to me."

Woody Allen

Monday, February 05, 2007

Little Children

Nao sei o que se passa com as traduções portuguesas....como é que este Little Children passa a ter o título tão fácil e prosaico de Pecados Íntimos???
Little Children é soberbo. Negro e luminoso.
A voz off sentou-se ao meu lado na cadeira do cinema.
Patrick Wilson, sim, é verdade...tem um quê de Paul Newman.
O filme é uma camada de filtros e projeções dos subúrbios wasp. Demarcados e sementeiras das mais violentas contenções e frustrações.

42

No livro de Douglas Adams, The Hitchhiker´s Guide to the Galaxy, o mega-computador Deep Thought demorou 7.5 milhoes de anos a dar resposta à grande questão sobre a vida, o universo e tudo o mais.
E a resposta é :
42