Sunday, October 08, 2006

O meu primeiro De Palma



Brian De Palma faz parte da Nova Hollywwod, ou seja, a pós Hollywood clássica onde uma nova geração de realizadores e de necessidades por parte dos estúdios de se reinventar emergiu e mudou o estilo e a forma como os filmes eram produzidos, dirigidos e revelados ao público. Esta vaga inclui Martin Scorcese, Paul Schrader, George Lucas, Peter Bogdanovich, Francis Ford Copolla, John Schlesinger, Steven Spielberg, Michael Cimino e outros.
Há uma abundância de reflexões, argumentações e elações sobre esta Nova Hollywood e estes "movie brats". Mas agora,o assunto é menos académico e mais pessoal.
O primeiro filme que vi do Brian De Palma. O Body Double de 1984.
As pistas do que seria o cinema de Brian de Palma para mim estão aqui.
A mulher fatal, uma certa misogenia, o triller pseudo erótico, o estilo visual, a obssessão, o voyeurismo, um tecnicismo muito grande e calculista na mise en scene, o pastiche descarado mas eficiente e indissolúvel de toda a sua cinematografia e o maniquéismo discreto mas cirúrgico. Um hibrído de film noir da era moderna.
A questão é que vi o filme nos meus 13, 14 anos e não contive estas pistas nem as abrangi. Aos meus olhos De Palma ficou como um realizador "hot", cheio de personagens femininas belissimas cujo entendimento de fatal me ultrapassava e presença excitava (e que de loiras passavam a morenas e vice-versa). Ficou também a fotografia e os sets....como a casa Chemosphere do San Fernando Valley. Com tudo isto, sempre que aparecia uma anunciação de um De Palma algures eu ia atrás....

O seguinte foi Blow Out com o seu fantástco long take final, o terceiro foi Carrie que apesar de tudo é mais antigo que os outros dois e o quarto Dressed to Kill com a mais fantástica cena de engate do cinema. A cena que começa no Museu e acaba no táxi.
Estes foram os De Palma marcantes na minha vida.E nem são dos melhores Muitos falta para ver. Superiores ou inferiores De Palma é sempre eficiente e genial como agente dessa acção inteligente e não deixa de produzir efeitos.
Ainda assim não sei se vou vou visitar uma sala de cinema para examinar a Dália Negra.
Dela, da Elisabeth Short leva vantagem a sua história que devorei com total e demente voracidade há uns anos atrás....

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